Clorito de sódio e ácido fosfórico liberam gases inflamáveis quando reagem. Acidente aconteceu na sexta-feira (11) e deixou pelo menos nove pessoas feridas.
O engenheiro químico José Guilherme Pascoal de Souza analisou, na segunda-feira (14), a possibilidade de clorito de sódio e ácido fosfórico terem entrado em contato durante a explosão da fábrica de produtos químicos na Vila Industrial de Sertãozinho (SP) na sexta-feira (11). Segundo ele, esta pode ser a causa mais provável para o acidente. O laudo da perícia que vai indicar o que aconteceu no local deve ficar pronto em dez dias.
“Estamos falando especificamente do clorito de sódio, que é um oxidante forte, e do ácido fosfórico. Quando essas substâncias, colocadas muito próximas uma da outra, em contato, ocorrem reações que podem ser exotérmicas. Há uma liberação de calor muito grande e essa liberação de calor ou até mesmo os gases que são gerados dessa mistura, podem, de certa, estarem instáveis e provocar um acidente como aconteceu”.
“Se elas [as substâncias] entraram em contato, possivelmente há liberação de gases. Esses gases são instáveis e pode ter gerado uma inflamabilidade, pode ter causado a potencialidade da inflamabilidade”.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, um inquérito policial foi aberto na Delegacia de Sertãozinho para apurar as causas do acidente. O delegado Pláucio Fernandes aguarda o resultado do laudo pericial para investigar se houve responsabilidade criminal de algum dos envolvidos.