Pelo menos 79 pessoas morreram e outras 150 ficaram feridas em incêndios florestais que atingem a região da Ática, que engloba toda a parte sul da península em que fica a capital da Grécia, Atenas, na pior onda de queimadas no país em mais de uma década.

O corpo de bombeiros da Grécia foi reforçado por equipes da Itália, Alemanha, Polônia e França

Equipes de resgate fazem buscas por um grande número de pessoas desaparecidas – inclusive no mar, para onde várias pessoas fugiram das chamas. Os bombeiros dizem ter recebido dezenas de chamadas de pessoas desesperadas procurando familiares e amigos, mas não souberam informar o número exato de desaparecidos.

Navios da guarda costeira buscam por corpos e sobreviventes perto das praias.

Alguns especialistas disseram que os anos de austeridade na Grécia deixaram autoridades mal equipadas para lidar com situações de emergência desse tipo.

 

Trabalho de resgate

Imagens de vídeo e fotos compartilhadas em redes sociais mostram casas danificadas, muita fumaça no céu e pessoas de carro fugindo da área

Centenas de bombeiros lutam contra as chamas, que na segunda-feira estavam sendo propagadas por ventos de até 100 km/h. Barcos de patrulha costeira e embarcações particulares resgataram centenas de pessoas que conseguiram chegar a portos ou praias. Equipes de resgate fazem buscas por sobreviventes e vítimas do incêndio em casas, carros e na costa, em meio a temores de que o número de mortos aumente. Enquanto isso, parentes de desaparecidos postaram fotos deles em um site na esperança de encontrá-los.

Centenas de profissionais estão engajados no combate aos incêndios e o governo pediu ajuda a outros países. Itália, Alemanha, Polônia e França enviaram reforço em forma de aviões, veículos e bombeiros. Espanha e Chipre também ofereceram apoio. “Faremos o que for humanamente possível para controlar o fogo”, disse o primeiro-ministro Alexis Tsipras.

 

O que causou os incêndios?

Os incêndios são um problema recorrente durante os meses quentes e secos do verão em Ática. Autoridades citadas pela agência de notícias AFP chegaram a sugerir que, dessa vez, o fogo pode ter sido iniciado por criminosos que buscavam saquear casas abandonadas pelos donos. “Quinze incêndios começaram simultaneamente em três frentes diferentes em Atenas”, disse o porta-voz do governo, Dimitris Tzanakopoulos.

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